Até parece que se entrassem pela
tua porta de fechar para implantarem o medo, te escondias e te abnegavas de ver
o deitar do sol, sem espreitar pelas farripas de estore que sempre te
denunciaram. Até parece que alguma vez
te escondeste atrás dessa tua porta de fechar para que não te vissem do
postigo, sem espreitar pelo óculo e tentar saber quem batia ou de tanto bater o
que te queria.
Pois não parece que o mundo, pelo
menos o dos outros, tivesse vivido este tempo todo sozinho e que tivesse
escolhido o fundo mais fundo que esse teu mundo pode estar de ti, para todos os
dias desaparecer quase-quase à mesma hora.
De tanto buraco feito na porta de fechar, buracos feitos de espreitar os outros mundos, deixaram retalhos na porta que deixou de ser apenas de fechar, retalhos que entram para implantar o medo. Até parece que te abnegavas de ver o deitar do sol…
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