domingo, 2 de abril de 2017

fim da estrada

Querer morrer de amor, pois se tiver de ser seja o que for, mas que seja rápido e o homem poupado de tal dor.
Foi-se a distância da estrada que o que resta dela pertence à vontade de atravessá-la. Não soube a mulher receber prendas maiores, como Maria recebeu, não soube o homem vender a alegria, que de graça não se vende a felicidade que Maria lhe deu.
Nesta estrada sem sul e pouca sorte de norte, se ninguém vier de baixo, de que serve a morte ou a lágrima, se não for lambida por quem vier de cima.
Se ouviste dizer no fim dessa estrada, que a tua alegria vale menos que o amor dos outros, faz de conta que não contam os quilómetros desde a felicidade que Maria te deu.

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